Andy Warhol (1928-1987)
A trágica morte da atriz Marilyn Monroe, em 1962, foi a
inspiração para uma série de trabalhos do artista pop Andy Warhol. A obra
acima é uma das serigrafias do portfólio de 10 imagens criadas a partir da foto da atriz. Usa cores vibrantes e repete o tema. Vi esta obra no Institute of Art -Chicago e vi também o apelo popular que continua tendo até os dias de hoje.
Cada uma dessas imagens, reproduzida 250 vezes, (datadas e assinadas cada exemplar) foram criadas na sua famosa empresa, a “Factory Additions”. A
sequência de retratos de Marilyn Monroe é seu trabalho mais famoso,
bem como as pinturas nas latas de sopa Campbell's.Praticamente todas as
celebridades da época passaram pela arte de Andy Warhol: Liz Taylor, Elvis
Presley, Jacqueline Kennedy, Che Guevara, Mao Tse Tung, Monalisa, Brigitte Bardot, Marlon Brando,
Michael Jackson, e mais.
Estas reproduções são quase um deboche ao establishment
artístico sobre arte tradicional e mostram como ele fez a apropriação das técnicas de produção em
massa que dominavam o cenário capitalista do pós-guerra.
Filho de imigrantes tchecos nasce em Pittsburgh, na
Pensilvânia, como Andrew Warhola. Em criança sofre uma doença nervosa que o põe acamado
por longo tempo. Isto faz com que ele se ocupe com desenhos, recortes, colagens,
artigos de jornais.(era apaixonado pelas celebridades de Hollywood).
De
personalidade exótica e peculiar, foi dono de um talento artístico
inquestionável. Tornou-se íntimo da cultura de massa “não creio que a arte deva
ser apenas para uns poucos escolhidos, eu penso que devia ser para o povo
americano em massa” dizia.
Conhecia bem a força que as comunicações exerceriam no
mundo Capturou perfeitamente o espírito de época e a percepção do
quanto nossa sociedade moderna passou a ser pautada pelo imaginário da
publicidade.
Graduou-se em design e trabalhou como ilustrador de
revistas: Harper's Bazaar, The New Yorker e Vogue. Tornou-se um dos mais bem sucedidos ilustradores da década de 50. Faz filmes underground (“Empire”1964), “(Blow Job” 1964) e (“The Chelsea
Girls” 1966) filmes conceituais, onde uma câmera filma um corpo
humano ou um edifício desde uma janela. Seus anúncios publicitários
ganharam o status de arte.
Em 1961, Warhol começa suas primeiras pinturas pop baseadas em quadrinhos e garrafas de Coca Cola. Nesta arte, não há nenhuma intervenção de si mesmo para deslocar ou poetizar o motivo.Não há engenho ou toque pessoal. Estreia a famosa série “Soup Can
Campbell” e faz a primeira exposição na Ferus Gallery em Los
Angeles, vendendo todas as telas. Começa a produção de retratos.
Em 1964, quando a feminista Valerie Solanas, buscando apoio para a
peça Up Your Ass, e Warhol não concordando, ela, cheia de raiva, atira no artista. O ataque deixa sequelas. Ele é assunto da mídia o tempo todo. Depois de
recuperado, ele volta à vida artística.
Em 1969 Andy Warhol funda a revista "Interview". Entre os anos 70 e 80, dedica-se à pintura, escreve diversos livros sobre si mesmo e sobre a Pop Art. Apresenta um programa na
TV.
Usa uma
peruca para disfarçar a calvície.Sua arte é garantida pelo seu "nome". Warhol é público. Conhece muito bem o sistema publicitário e sabe que tem de repetir a mensagem incessantemente até saturar. Ele é um objeto de consumo.
Cria as frases “No futuro,
todo mundo será famoso durante quinze minutos”. “O que é incrível sobre esse
país é que os consumidores mais ricos e os mais pobres compram essencialmente
as mesmas coisas. Você pode estar assistindo TV, ver uma Coca-Cola, e você
saberá que o presidente toma Coca-Cola, Elizabeth Taylor toma Coca-Cola, e você
pensa que também pode, você, tomar uma.... Todas são iguais e todas são boas". É reconhecido como a própria Pop Art, é figura central e fundadora do movimento.
Andy Warhol, "o artista que previu e inventou o mundo de hoje", faleceu em NY, 1987. Ele e seu grupo eram capazes de revelar o refinamento que havia na estética publicitária e quanto tais estéticas e produtos faziam parte de nossa identidade profunda.
Andy Warhol, "o artista que previu e inventou o mundo de hoje", faleceu em NY, 1987. Ele e seu grupo eram capazes de revelar o refinamento que havia na estética publicitária e quanto tais estéticas e produtos faziam parte de nossa identidade profunda.
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