Neoclassicismo-A França como berço
Depois que Luís XVI é deposto, a França conhece o verdadeiro
caos. Cabe ao exército colocar um mínimo de ordem interna no país. Surge
Napoleão Bonaparte com ideais muito parecidos com os que vigoravam em Roma. O
exército vai messianicamente levar os princípios da democracia a outros povos.
Por onde passam deixam o logo “N” de Napoleão (assim como os romanos deixavam seu “SPQR”-Senatus Populusque Romanus, o Senado e o Povo de Roma- em
todo o lugar onde passavam).
Vem de Napoleão, implementar o gosto romano na Arte que
significava solidez, sobriedade, poder, estabilidade, consistência, elegância (assim
como em qualquer lugar do mundo a arquitetura das instituições é "(neo)clássica”). Clássico no
sentido amplo é algo eterno e imortal. O Neoclássico vem junto com a grandeza e a solidez almejadas por Napoleão.
Com as descobertas de Pompéia e Herculano descobre-se o cotidiano dos romanos. Imediatamente vira moda: as mulheres francesas vestiam modelos encontrados em Pompéia. Os móveis
entravam para o design com o nome de
“estilo império”.
O neoclássico é o estilo mais perto da arte acadêmica. É o estertor da nobreza pois a Revolução francesa já está no horizonte (Goethe será o último neoclássico e o 1o. romântico, na literatura). O Neoclassicismo ou Academiscismo
se baseia em cânones objetivos. O certo e o errado, o feio e o bonito são
conceitos pré-determinados. Ele segue regras a priori, imitando sempre o modelo usado
pelos mestres do passado. A Revolução francesa dá grande impulso à pintura neoclássica "os revolucionários gostavam de se considerar gregos e romanos renascidos" diz Argan. O clássico é erudito (conhece as teorias) o homem universal. Não
existe o “eu” do artista. Ele retrata um mundo de tipos, sem emoções. Um mundo absoluto.
A França é o berço da volta dos valores renascentistas (gregos em última análise). Está consolidada, é supremacia de civilização,
língua, artes. Napoleão restaura a Academia e esta vai estabelecer as
diretrizes para as escolas de Belas Artes. A formação do pintor já não se dá
junto a um mestre, mas na Academia. Napoleão nomeia Jacques Louis-David como
pintor oficial. E ele responde com prazer às ideias revolucionárias.
Vai se tornar parte da máquina imperial fazendo aquilo que o Estado
necessita.Torna-se propagandista de Napoleão. Com “O Rapto das Sabinas” ele,
através de um tema grego, pode ser lido como a queda da Bastilha. Ele expõe fatos sem “comentar”. É um testemunho
do mundo. Sua filosofia não é cristã, nem pagã, é ateia. A religião daqui para a frente,
não preside mais a Arte.
Principais nomes do movimento:Goethe, Voltaire, Rousseau, Haydn, Mozart, Beethoven, Canova, Ingres e, claro, Jacques-Louis David. Este movimento terá eco no Brasil lá por 1815 e se estende até o início do século XX.
Arco do Triunfo, Paris
Principais nomes do movimento:Goethe, Voltaire, Rousseau, Haydn, Mozart, Beethoven, Canova, Ingres e, claro, Jacques-Louis David. Este movimento terá eco no Brasil lá por 1815 e se estende até o início do século XX.
Angela Weingärtner Becker